Expansão do ERUV-SP
Grande inovação para os bairros: Vila Nova Conceição, Vila Olímpia, Campo Belo, Moema Índios, Moema Pássaros e Brooklin Novo!
Agora além dos Jardins, Jardim Paulista, Itaim-Bibi, Pinheiros, Jardim Paulistano e Perdizes - os bairros acima também contam com um Eruv, que permite carregar (objetos permitidos, não muktsê) em vias públicas no Shabat! Com este Eruv, os seguintes bairros estão interligados: Jardins, Jardim Paulista, Itaim-Bibi, Pinheiros, Pacaembu, Perdizes, Higienópolis, Vila Nova Conceição, Vila Olímpia, Campo Belo, Moema Índios, Moema Pássaros e Brooklin Novo. Vide mapa para detalhamento.
Veja a explicação abaixo, as instruções e o mapa da região que o Eruv abrange.
Acesse o mapa pelo link (amplie para ver os locais exatos):
Definição
No Shabat podemos e devemos fazer uma série de coisas. No entanto, D'us nos proibiu de fazer algumas tarefas ao longo do Shabat. Uma destas é a proibição de retirar um objeto de um "reshut hayachid" ('propriedade privada') a um "reshut harabim" ('propriedade pública') e vice versa. Da mesma forma, é proibido transportar um objeto em um "reshut harabim".
"Reshut harabim"
"Reshut harabim" tem uma definição muito especifica pela Torá. Traduzir como 'propriedade pública' é uma forma muito generalizada. Para ser considerado um "reshut harabim" - a via precisa ter pelo menos 16 amot de largura (aprox. 8m) e atravessar a cidade de ponta a ponta. Alguns sustentam que precisam também passar todos os dias 600.000 pessoas pela via.
Um via pública, ou qualquer lugar aberto público que não preenche os requisitos acima, é considerado "carmelit". "Carmelit" é um espaço aberto (não cercado) onde não passa um público suficiente para considerá-lo "reshut harabim". (A definição precisa de "carmelit" é muito complexa e extensa). Há algumas diferenças técnicas (veremos uma delas mais adiante), mas da mesma forma que é proibido transportar no "reshut harabim", não se pode transportar no "carmelit".
E as nossas ruas hoje em dia?
Uma vez que as ruas de cidades grandes como a nossa, não preenchem todos os requisitos para serem consideradas "reshut harabim" - ou seja, as ruas não atravessam a cidade de ponta a ponta - não são consideradas "reshutharabim".
Conforme algumas opiniões, as ruas das cidades hoje são consideradas "reshut harabim". Por isso, há pessoas que são rigorosas em não transportar mesmo quando há Eruv. As pessoas que seguem esta opinião, não transportam nem em Yerushalayim, nem em Benê Berak, nem em Nova Iorque. Contudo, quem segue a opinião citada anteriormente, transporta no Eruv destas cidades, assim como no Eruv dos Jardins, Jardim Paulista, Itaim-Bibi, Pinheiros e Jardim Paulistano.
No que isto implica?
Uma cidade que tem "reshut harabim", não se pode transportar em vias públicas e não há nenhuma forma de permitir o transporte nas vias ao longo do Shabat.
No entanto, uma cidade cujas vias são consideradas "carmelit", estabelecendo-se um Eruv na cidade, permite que se transporte nestas vias.
Muitas pessoas conhecem o conceito de Eruv, pois possuem Eruv em seus prédios.
O que é o Eruv?
Eruv é uma forma de transformar uma propriedade que não é "reshut harabim", mas no entanto é utilizada por um público ("carmelit"), em uma grande propriedade privada.
Exemplo: A área comum de um prédio, não é uma propriedade privada - "reshut hayachid" - afinal pertence e circulam todos os condôminos. No entanto, esta área logicamente não se inclui nas definições de um "reshut harabim". Por conseguinte, esta área é considerada "carmelit" - onde também não se pode transportar no Shabat nenhum objeto.
No entanto, por ser um "carmelit", por intermédio do Eruv, pode-se transformar esta área comum do prédio em um "reshut hayachid" - propriedade privada. Desta forma, passa a ser permitido transportar nesta área comum do prédio.
Como é feito o Eruv?
O Eruv consiste em duas partes:
1) Manter a área cercada e delimitada.
2) Fazer uma sociedade entre todos os condôminos.
Área cercada
Uma condição básica para que um lugar possa ser considerado propriedade privada, é ser cercado. Toda a volta do lugar deve ser devidamente cercada e precisa delimitar as entradas a este local. Há muitas e muitas leis da forma que se deve cercar o local, o que é considerada uma cerca, qual a melhor forma etc. Para isso, deve-se sempre consultar uma autoridade rabínica competente.
No caso de cidades, há também diversas formas de cercá-la. Uma das formas mais simples e muito utilizada em cidades Israelenses e norte Americanas - é a "tsurat hapetach".
"Tsurat Hapetach", o que é?
"Tsurat hapetach" significa formas de porta. Ou seja, possui duas ombreiras e uma verga. Coloca-se em toda a volta da cidade formas de portas, uma ao lado da outra - cercando a cidade com portas. Pode-se fazer esta forma de porta com madeira, mas torna-se muito difícil fazer ao longo do perímetro de uma cidade que pode chegar a muitos kilometros. Por isso, geralmente utiliza-se dois postes, que tem no seu topo um prego, ou dois em formato de "V" ou um anel e um fio passa de um poste ao outro, passando pelo topo dos postes. Os postes são as ombreiras e o fio, a verga da porta. Centenas de postes com fios passando pelo topo deles, formam em torno da cidade uma cadeia de portas que cercam a cidade.
Outra forma de cercar é aproveitar as próprias construções da cidade. As cercas das casas e prédios que estão no limite da cidade, servem como cerca da própria cidade. Faltando assim apenas cercar as esquinas das ruas que estão continuam para fora da cidade. Nestas esquinas, pode-se fazer o sistema de "tsurat hapetach", colocando um poste de cada lado da rua, encostados na cerca das casas, passando o fio pelo topo destes postes. Desta forma a cidade está cercada pelas cercas das casas e nas esquinas em torno da cidade há "tsurat hapetach".
Sociedade entre os condôminos
A segunda condição para transformar aquela área em propriedade privada, é fazer uma sociedade entre todos os condôminos. Esta sociedade é feita com alimentos. Compra-se um pão grande (há medidas exatas na lei) que passa a pertencer a todos os condôminos. Este é deixado em um dos apartamentos, de forma que se os condôminos quiserem sentar juntos e comer uma refeição conjunta, possuem um alimento em sociedade. É muito comum se usar para este fim uma caixa de matsot, pois sua validade é extensa e pode-se mantê-la ao longo de Pêssach.
E no Eruv de uma cidade?
Para o Eruv de uma cidade, costuma-se usar uma caixa de matsá - e esta fica geralmente na sinagoga, para que todos os moradores tenham acesso a ela.
Precisa fazer Eruv na cidade inteira?
Não. É permitido e possível fazer Eruv apenas em um bairro. Logicamente as pessoas precisam tomar cuidado para somente transportar nas áreas internas ao Eruv.
Se o fio partir?
Se o fio que passa pelos postes de "tsurat hapetach" partir, torna-se proibido transportar nas vias do Eruv. Por isso, às sextas-feiras, um encarregado faz uma volta por todo o Eruv para verificar se este está em ordem, consertando eventuais rompimentos.
ERUV - SP
A BDK mais uma vez em prol da comunidade de São Paulo torna-se pioneira em estabelecer o primeiro Eruv no Brasil. Agora, em parceria com o Rabino Shalom Ber Gourarie, Rabino Yossi Schildkraut, Rabino Yossi Alpern e Rabino Levi Slonim, a BDK expandiu o Eruv. As construções foram usadas como parte da cerca, e nas esquinas foram estabelecidas "tsurat hapetach" fechando assim a área para o Eruv. A caixa de matsot fica na residência do Rabino Havlin shelit"a.
Todo o projeto foi feito sob supervisão de uma das maiores autoridades no assunto - Rabino Shmuel Havlin shelit"a.
Portanto, passa a ser permitido transportar no Shabat, em toda a área delimitada no mapa do Eruv. Logicamente que em todas demais áreas da cidade, que não tenham eruv, é proibido transportar no Shabat.
Vale ressaltar que só é permitido transportar dentro do Eruv objetos que podem ser movidos no Shabat, como roupas, alimentos, livros, chaves e brinquedos. No entanto, é proibido transportar mesmo no Eruv, objetos que são "muktsê". Por exemplo: guarda chuva, carteira, dinheiro, caneta, celular etc.
Atenção:
Observe bem o mapa para saber quais ruas e esquinas fazem parte do Eruv. Ao andar nas ruas, onde se encontram as "tsurat hapetach", observem para não transpassá-las, pois elas indicam ser o limite do Eruv.
Como dependemos da autorização dos edifícios para fazer as "tsurat hapetach", algumas esquinas ficaram fora do Eruv.
CUIDADO!
Sempre observar onde passa o fio do Eruv! Tomar muito cuidado para não transpassá-lo carregando qualquer objeto no Shabat.
Em algumas ruas o fio passa na diagonal. Prestar atenção para andar apenas na calçada interna do Eruv. Da mesma forma, tomar cuidado para andar na calçada dentro dos limites do fio.
Pedido:
Apesar de termos um supervisor que verifica o Eruv, pedimos a todos que fiquem atentos e ao verem qualquer desconformidade no Eruv, nos comunicarem o mais breve pelo e-mail SOSeruv@bdk.com.br. Obrigados!
SMS - E-MAIL
Os interessados em utilizar o Eruv, cadastrar e-mail e celular para poder receber alertas e atualizações a respeito do Eruv. Escreva para eruv@bdk.com.br
Neste e-mail também, o público poderá tirar suas dúvidas a respeito do Eruv.
MAPA
LEGENDA:
- Linha azul - "Tsurat Hapetach" - Limite do Eruv
- Verde - permitido transportar nestas vias e praças.
- Vermelho - proibido transportar (fora do Eruv)
- Ponto Exclamação - Cuidados a serem tomados.
- O Limite oeste do Eruv é a cerca da CPTM
- O interior dos túneis do mapa estão inclusos no Eruv. (segundo o princípio "pi tikrá yored vessotem")
Veja o mapa abaixo (amplie para ver os locais exatos):