Nos encontramos neste período tão especial do ano, com tantas oportunidades. Iniciando com mês preparatório de Elul, seguido por Rosh Hashaná, Yom Kipur e Sucot. Praticamente dois meses especiais propícios para pensar na vida, fazer teshuvá, melhorar, tomar resoluções. Para a maioria das pessoas, uma época de elevação espiritual.

Por outro lado, uma época finita. Para muitas pessoas, surge a pergunta: vale a pena se esforçar? Quando terminar, não voltará cada um a ser exatamente como era antes? Não é uma enganação? O que se ganha com isto?

Um homem rico possuía um iate, que usava alguns dias por ano, nas férias. No resto do ano, o iate ficava atracado no porto, preso por uma corda. A água do mar penetrava na corda parada e a apodrecia, o que tornava necessário substituí-la a cada dois ou três meses.

Certa vez, uma pessoa simples viu o homem rico cuidando da substituição de sua corda e lhe perguntou: “De que adianta trocar a corda, se a água do mar penetrará novamente nela? Daqui a dois meses ela estará exatamente como agora! O que você ganha com isto?”

“Está certo”, respondeu o dono do barco. “O que ocorrerá, contudo, se eu não cuidar da corda de vez em quando? Se ela apodrecer até o fim, perderei todo o barco!”

A corda pode valer menos que o barco, e pode ser equivalente a apenas um mês de serviço. Sem ela, contudo, a alma vai parar bem longe...