Shavuot e Árvores Frutíferas

Costuma-se enfeitar as sinagogas e as casas em Shavuot com árvores e galhos de árvores frutíferas, para lembrar que em Shavuot ocorre um julgamento Celestial sobre as frutas das árvores, conforme escrito no tratado de Rosh Hashaná (16a).

Qual a conexão entre a festa da outorga da Torá e as frutas?

O Talmud (Taanit 23a) conta que Choni Hameaguel encontrou um senhor plantando uma alfarrobeira. Perguntou a ele quanto tempo leva para a árvore dar frutas. O idoso lhe respondeu que leva 70 anos para a árvore ficar carregada de frutas. “E por acaso o senhor pensa que viverá para a eternidade?” – perguntou Choni Hameaguel. “Não” – respondeu-lhe o idoso – “ Quando nasci, encontrei uma alfarrobeira carregada de frutas. Meus pais plantaram para mim; e eu estou plantando aos meus filhos!”

Que resposta magnífica! E quão real é em relação a Shavuot!

Nossos pais plantaram para nós! Nossos pais incutiram em nossas almas a fé e a tradição. Nos passaram a Torá e a santidade. Seríamos como cegos, não fosse toda a literatura e apresentação da Torá que eles se empenharam em nos transmitir.

Nós temos como obrigação plantar às futuras gerações! Incutir neles a fé. Transmitir a eles o brilho e a luz da Torá. Incrementar a corrente que vem desde a outorga da Torá aos nossos dias, com elos fortes, de ouro, com sentimentos, com devoção e com alegria!

Como podemos garantir que a árvore dará belos frutos? Precisamos cuidar bem da árvore. Precisamos cuidar com carinho de nós mesmos. Frequentar mais uma aula de Torá semanal, estudar mais um livro sagrado, mais um oração com devoção, com fervor. Mais uma mitsvá com alegria e com prazer.

Desta forma garantiremos a qualidade, a beleza e a doçura das frutas da próxima geração!

Chag sameach!

(Baseado no Maayan Hamoed)